Água mais antiga da Terra: Vestígios de vida e implicações para Marte

Água mais antiga da Terra

Você sabia que a água mais antiga da Terra foi descoberta em uma área continental, abaixo da superfície no norte de Ontário, no Canadá? Em 2016, geólogos encontraram água corrente a uma profundidade de três quilômetros, revelando que ela possui entre 1,5 bilhão e 2,64 bilhões de anos.

Surpreendentemente, essa água não está presa em pequenas quantidades nas rochas, mas sim flui em grandes volumes, em taxas de litros por minuto. A descoberta foi liderada pela renomada geóloga Barbara Sherwood Lollar, que recebeu a Medalha de Ouro Gerhard Herzberg Canadá 2019 por seu trabalho relacionado à água antiga da Terra.

Além de sua antiguidade impressionante, essa água também guarda vestígios de vida. A equipe de pesquisa identificou uma assinatura que indica a presença de microbiologia, evidenciando que organismos estiveram presentes nesses fluidos ao longo de uma escala de tempo geológico.

A descoberta foi feita ao analisar o sulfato presente na água, revelando uma “impressão digital” que só poderia ter sido produzida pela atividade microbiológica. Os micróbios presentes nessa água foram capazes de sobreviver mesmo na ausência de luz, utilizando substratos gerados pela radiação.

Essa descoberta tem implicações não apenas para a vida em nosso planeta, mas também para Marte. Rochas com bilhões de anos dominam a superfície do Planeta Vermelho, e algumas regiões apresentam uma composição mineral semelhante à área estudada em Ontário.

Os pesquisadores acreditam que as condições geológicas atuais de Marte são semelhantes às da Terra antiga, o que sugere a possibilidade de existência ou existência passada de micróbios semelhantes no Planeta Vermelho. Desde que os minerais e a água adequados estejam presentes, a fonte de energia necessária para sustentar esses micróbios pode ser encontrada a quilômetros de profundidade sob a superfície marciana.

Mas vamos à pergunta que não quer calar:

Qual é o sabor dessa água antiga?

Bem, a pesquisadora Barbara Sherwood Lollar decidiu experimentá-la e revelou que é surpreendentemente salgada e amarga. Ela estava esperando um sabor salgado, considerando a idade do líquido, uma vez que a água salgada tende a ser mais antiga.

Ao provar um pouco na ponta do dedo, confirmou-se que essa água é “muito salgada e amarga”, sendo até mais salgada do que a água do mar.

Essa descoberta fascinante nos leva a refletir sobre a incrível história da água em nosso planeta e a possibilidade de vida em outros lugares do universo. À medida que continuamos a explorar os mistérios da Terra e do espaço, podemos desvendar segredos cada vez mais profundos sobre a história e a diversidade da vida em nosso cosmos.

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